Parafraseando Drummond, o poeta, tinha um cano no meio do caminho, no meio do caminho tinha um cano.... A proposta aqui era fazer uma suite no quarto principal, mudando o acesso do corredor intimo para dentro do quarto.
Como o prédio (localizado no bairro do Sumaré em São Paulo) era muito antigo e o proprietário anterior não possuía mais as plantas de hidraulica e elétrica, o projeto começou a ser executado como foi aprovado pelo cliente. Mas... surpresa! Havia um cano bem onde a porta de acesso ao banheiro seria aberta.
Ao depararmos com este problema, veio a questão: O que fazer? Todo o ramal novo de agua quente (proveniente de um aquecedor de passagem à gas instalado na área de serviço e executado em Aquatherm) já estava parcialmente locado. Descobriu-se então que o tal cano era o que, em obra, chamamos de "respiro da bacia" ou seja, é o caminho utilizado pelo ar deslocado dentro da tubulação quando a valvula de descarga é ativada.
Claro que este cano não poderia ser obstruído e nem eliminado, já que funciona para todas as bacias do prédio locadas nesta prumada. E, para piorar a situação, do cano até a parede oposta sobravam 66 cm. para se colocar porta, batente, etc. Ou seja, muito pouco para uma porta de banheiro convencional.
O jeito, claro, foi pensar então numa porta de correr, que cobriria todo o vão e deixaria a passagem totalmente livre, já que os batentes convencionais seriam substituidos por uma placa de MDF de 20mm de espessura (para comportar a fechadura papagaio quando houver necessidade tranca-la).... Pronto, tudo resolvido! Quase. Faltava resolver a questão do puxador... Uma vez a porta aberta, o vão que sobra fica diminuido pelo puxador. Se fosse usado um puxador tipo "concha", que fica embutido na porta, a folha (que corre pelo lado externo da parede) não teria como ser aberta por dentro do banheiro. Um puxador tipo "alça" tiraria preciosos centímetros da passagem.
Como dizem que a dificuldade é a mãe da criatividade, veio o estalo: Já que o cano não poderia ser eliminado nem movimentado na base (piso) e topo (teto), pelo menos poderíamos movê-lo no centro. Então duas curvas 45 graus mais um pedaço de cano de 4 polegadas (a mesma bitola do cano original) foram utilizadas para desvia-lo, criando assim espaço para um nicho na parede que, recortado, receberia o puxador da porta liberando totalmente o vão e deixando-o acessível tanto interna como externamente. Gênio. (E modesto tambem...rs.)
O nicho ficou um pouco maior que o puxador. Assim não há dificuldade de se encaixar a mão nem requer esfôrço para acionar a porta.
O fechamento do cano original foi feito com uma placa de dry-wall, assentada com gesso em uma manta própria para fixação. Resultado: Uma passagem bem razoável e o apartamento ganhou a tão sonhada suite.
Como o prédio (localizado no bairro do Sumaré em São Paulo) era muito antigo e o proprietário anterior não possuía mais as plantas de hidraulica e elétrica, o projeto começou a ser executado como foi aprovado pelo cliente. Mas... surpresa! Havia um cano bem onde a porta de acesso ao banheiro seria aberta.
Ao depararmos com este problema, veio a questão: O que fazer? Todo o ramal novo de agua quente (proveniente de um aquecedor de passagem à gas instalado na área de serviço e executado em Aquatherm) já estava parcialmente locado. Descobriu-se então que o tal cano era o que, em obra, chamamos de "respiro da bacia" ou seja, é o caminho utilizado pelo ar deslocado dentro da tubulação quando a valvula de descarga é ativada.
Claro que este cano não poderia ser obstruído e nem eliminado, já que funciona para todas as bacias do prédio locadas nesta prumada. E, para piorar a situação, do cano até a parede oposta sobravam 66 cm. para se colocar porta, batente, etc. Ou seja, muito pouco para uma porta de banheiro convencional.
O jeito, claro, foi pensar então numa porta de correr, que cobriria todo o vão e deixaria a passagem totalmente livre, já que os batentes convencionais seriam substituidos por uma placa de MDF de 20mm de espessura (para comportar a fechadura papagaio quando houver necessidade tranca-la).... Pronto, tudo resolvido! Quase. Faltava resolver a questão do puxador... Uma vez a porta aberta, o vão que sobra fica diminuido pelo puxador. Se fosse usado um puxador tipo "concha", que fica embutido na porta, a folha (que corre pelo lado externo da parede) não teria como ser aberta por dentro do banheiro. Um puxador tipo "alça" tiraria preciosos centímetros da passagem.
Como dizem que a dificuldade é a mãe da criatividade, veio o estalo: Já que o cano não poderia ser eliminado nem movimentado na base (piso) e topo (teto), pelo menos poderíamos movê-lo no centro. Então duas curvas 45 graus mais um pedaço de cano de 4 polegadas (a mesma bitola do cano original) foram utilizadas para desvia-lo, criando assim espaço para um nicho na parede que, recortado, receberia o puxador da porta liberando totalmente o vão e deixando-o acessível tanto interna como externamente. Gênio. (E modesto tambem...rs.)
O nicho ficou um pouco maior que o puxador. Assim não há dificuldade de se encaixar a mão nem requer esfôrço para acionar a porta.
O fechamento do cano original foi feito com uma placa de dry-wall, assentada com gesso em uma manta própria para fixação. Resultado: Uma passagem bem razoável e o apartamento ganhou a tão sonhada suite.
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